quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Paraná se destaca na gestão da qualidade do ar no Brasil

O Estado lança PROEPAR que visa implementar ações de melhoria na gestão da qualidade do ar e tornar o estado referência no país
Em ação conjunta entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) o estado lançou, por meio de resolução, o Plano Estadual de Controle da Poluição do Ar e de Proteção da Atmosfera – PROEPAR que visa melhorar a gestão da qualidade do ar no Paraná.

Entre as oito ações previstas no plano, destacam-se a elaboração de inventários de fontes de emissões (quantidade de indústrias e veículos) e as emissões destas fontes; a adoção progressiva dos valores recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a ampliação da rede de monitoramento automática de oito para 14 estações.

Em 1989, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), órgão normativo do Ministério do Meio Ambiente, editou resolução que define como responsabilidade dos estados a gestão pela qualidade do ar. Em 1990, o órgão editou outra resolução que definiu os padrões de qualidade do ar no país. Contudo, os padrões nacionais estão ultrapassados e, atualmente, há um projeto no CONAMA que visa ajustar os padrões nacionais aos valores defendidos pela OMS desde 2005.

Entretanto, passados 28 anos, apenas oito estados possuem rede de monitoramento da qualidade do ar. Destes, São Paulo e, agora, Paraná se destacam ao promover melhorias em sua gestão do ar com a adoção progressiva do padrão da OMS.

Além disso, com a expansão da rede de estações, cidades como Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu passam a ter a qualidade do ar monitoradas e controladas. Isso permitirá com que a população destas cidades conheça como está a qualidade do ar que elas respiram diariamente e facilitará a adoção de políticas públicas que assegurem a qualidade de vida e saúde das pessoas e a proteção ao meio ambiente.

A poluição do ar hoje é uma das principais causas ambientais de mortes prematuras no mundo. Mata mais que tuberculose, AIDS/HIV e malária combinadas. No Brasil, segundo recente levantamento divulgado pela OMS, para cada 100 mil habitantes, 15 morrem em decorrência da poluição do ar.

Segundo a médica e ambientalista Evangelina Vormittag, do Instituto Saúde e Sustentabilidade a poluição do ar é relacionada, além do adoecimento e do impacto no sistema respiratório, como uma das causas comprovadas de câncer de pulmão e bexiga. Atualmente, existem altos indícios de relações com outros tipos de câncer como os de mama e tecido hematopoiético e influencia no sono, na depressão e ganho de peso. Os principais atingidos são crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias, com a asma, por exemplo.

Com uma população com mais de 11,3 milhões de habitantes sendo 29,32 % de crianças e adolescentes e 10,34 % de idosos, as ações propostas pelo estado irão impactar diretamente na melhoria de qualidade de vida destes grupos, na redução dos custos em internações, tratamentos e afastamento médicos além de garantir a adequada preservação do meio ambiente.

Mais informações sobre poluição do ar:

Poluição do ar
A poluição do ar afeta o sono e a visão, gera aumento de peso e impacta na qualidade de vida das pessoas, além de gerar doenças nos sistemas respiratório e cardíaco e de ser responsável pela morte prematura de mais de 28 mil brasileiros por ano. Os mais impactados são crianças, idosos e pessoas portadoras de doenças respiratórias.

Fontes emissoras de poluentes
Entre as principais fontes de emissão de poluentes atmosféricos estão as fontes fixas (indústria em geral) e as móveis (veículos em geral – carros, caminhões, motos etc). As queimadas também já aparecem como uma das principais fontes. Grande parte dos poluentes é gerada pela queima de combustíveis, entre eles o NOx (dióxido de nitrogênio) e o material particulado (finas partículas de poeiras).

Custos financeiros
No Brasil, há ainda um elevado impacto em saúde da população e dispêndio de mais de R$ 1,5 bilhões a preços de 2011 no sistema público de saúde (SUS).

Relatórios da OMS revelam que a poluição do ar é a causa de milhões de mortes prematuras no mundo.
A poluição do ar afeta: o clima, o corpo humano e a qualidade do ar para o futuro.
Segundo a OMS, mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente por causa da contaminação do ar
É responsável por 1 em cada 8 mortes no mundo;
Afeta 80% das pessoas que vivem em cidades;
É responsável por 34% das mortes relacionadas a acidente vascular encefálico; 
É responsável por 1 em cada 4 mortes causadas por problemas no coração;
Estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2016 revela que 92% da população mundial vive em áreas que excedem os níveis de poluição recomendados;
Para cada 100 mil brasileiros, 15 morrem de forma prematura em decorrência da poluição do ar. Considerando a população atual, mais de 28 mil pessoas morrem por ano no Brasil;
Respiramos cerca de 10 mil litros de ar por dia.

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