quinta-feira, 31 de maio de 2018

Comitê lança site que debate os impactos da mineração no país

Divulgação: Print do site
Hoje o Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração completa 5 anos! E lança site para facilitar acesso às informações sobre a mineração e seus impactos no Brasil.

Já está no ar o site: www.emdefesadosterritorios.org. A plataforma traz uma série de notícias sobre os impactos causados pelos grandes projetos de mineração, violações de direitos e uma série de artigos e estudos realizados por pesquisadores de organizações e movimentos sociais que integram o Comitê.

Temas como Conjuntura Mineral, políticas públicas, conflitos minerais, além de estudos, artigos científicos, acompanhamento da legislação mineral e notícias sobre a mineração pautam a editoria do site.

Sobre o Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente a Mineração
Articulação de organizações, movimentos sociais, igrejas e pesquisadores, em atividade desde 2013. É uma das principais iniciativas nacionais que se organiza politicamente em defesa dos atingidos pela mineração e de seus territórios. Investe, também, em formação, mobilização, articulação política e comunicação sobre o tema.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Governador autoriza estudos para construção de ciclovia e passarela para integrar rota cicloturística pelo Parque da Serra do Mar

O Governador Márcio França autorizou nesta quarta-feira, dia 30, em evento no Palácio dos Bandeirantes, que a ARTESP realize estudos sobre a viabilidade para a construção de ciclovia e passarela para a Rota Cicloturística Márcia Prado, que corta o Parque Estadual da Serra do Mar. O documento assinado pelo Governador permite que a concessionária Ecovias – responsável pela operação do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) – elabore os projetos funcionais e executivos da obra. A Agência Reguladora irá analisar a viabilidade econômica e jurídica da inclusão dessa obra no Contrato de Concessão.

Na ocasião foi sancionado o Projeto de Lei que institui a Rota Cicloturística Márcia Prado – caminho que faz a ligação do Grajaú, bairro do extremo sul da capital paulista, a Santos, na Baixada Santista, passando pelos municípios de São Bernardo do Campo e Cubatão. A Rota passa pela Estrada de Manutenção da Rodovia dos Imigrantes. O projeto para sua implantação inclui a construção de uma ciclovia de seis quilômetros na Rodovia dos Imigrantes (SP-160) e na alça da Interligação Planalto até o acesso ao Parque, onde o ciclista passa a utilizar a Estrada de Manutenção. O projeto inclui a construção de uma passarela para fazer a transposição das pistas de Interligação em segurança.

Passeio Ciclístico: No evento também foi anunciado a realização de um passeio ciclístico anual pela Via Anchieta (SP-150), que será realizado sempre no primeiro domingo de dezembro. Para esse ano o passeio está marcado para o dia 2 de dezembro, entre as 6h e o meio-dia. O passeio terá início na altura do km 9,7 da SP-150, em São Paulo, e término no km 65,6, em Santos.

Também foi criado o Ciclo Comitê Paulista, que irá integrar e incentivar atividades para debater, promover e estudar ações para veículos não motorizados no Estado de São Paulo. O Comitê terá representantes das secretarias estaduais envolvidas na questão, como Meio Ambiente, Logística e Transporte, Turismo e Transportes Metropolitanos, outros órgãos estaduais ligados ao tema como Fundação Florestal, Cetesb, ARTESP, DER, Polícia Militar Rodoviária, representantes do legislativo e dos municípios, além da sociedade civil (como entidades ligadas a ciclistas e meio ambiente).

terça-feira, 29 de maio de 2018

Pinacoteca recebe a 11ª edição da feira Las Plantas que conta com mais de 70 expositores

A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, recebe nos dias 2 (sábado) e 3 (domingo) de junho, a Las Plantas, feira que reúne os amantes do universo vegetal – de produtores de espécies, designers de objetos e vestuários a ilustradores e cozinheiros.

Organizada pelo biólogo e produtor de eventos socioambientais catarinense Carlos Valle, residente em São Paulo desde 2016, a feira estreou em abril de 2017 com 21 expositores e chega agora a sua décima primeira com mais de 70. “A ideia do evento surgiu, inicialmente, como um meio de reunir interessados por paisagismo de interiores e formas de ocupar pequenos espaços e hoje acabou se tornando uma importante oportunidade para reunir produtores e amantes da natureza”, conta Valle. “70% dos expositores, que possui de 30 a 50 anos, é composto por mulheres. Algumas começaram o negócio como forma de agregar mais qualidade de vida”, complementa.

Participam do evento projetos emergentes como o “Véia das Plantas” ao lado de nomes mais consolidados como o M3P Itinerante e a Unevie Saboaria. O evento é voltado tanto para os que querem levar algo ligado à natureza pra casa – seja um vasinho, uma ilustração botânica ou uma compota artesanal – como para quem busca curtir uma tarde agradável para almoçar, encontrar amigos e ouvir música, essa última comandada pelo coletivo da animada festa Calefação Tropicaos.

Durante o evento, a Pinacoteca e a Pina Estação estarão funcionando normalmente e o visitante poderá conferir a prestigiada exposição Hilma af Klint: Mundos Possíveis, que segue em cartaz até dia 16 de julho e apresenta, pela primeira vez na América Latina, um conjunto de 130 obras da pintora sueca Hilma af Klint (1862-1944). A mostra já recebeu mais de 110 mil visitantes. E, na Pina Estação, o público poderá conferir a coletiva Mínimo, múltiplo, comum que reúne mais de uma centena de obras de seis artistas de gerações e círculos culturais diferentes: Amadeo Lorenzato (1900-1995), Chen Kong Fang (1931-2012), Eleonore Koch (1926), Marina Rheingantz (1983), Patricia Leite (1955) e Vânia Mignone (1967).


Las Plantas
Dias 02 e 03 de junho, sábado e domingo, das 10h00 às 18h00

Pinacoteca: Praça da Luz, 2, São Paulo
O museu estará funcionando normalmente durante o período, porém o estacionamento estará fechado.
Entrada na feira: gratuita
Ingressos para o museu: R$ 6,00 (entrada); R$ 3,00 (meia-entrada para estudantes com carteirinha)
Menores de 10 anos e maiores de 60 são isentos de pagamento.
Aos sábados, a entrada da Pina é gratuita para todos.
A Pina Estação é gratuita todos os dias.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Semana do Meio Ambiente, bairro da Freguesia do Ó em São Paulo, recebe evento com oficina de educação ambiental para crianças

Música boa, gastronomia e oficinas gratuitas para a criançada – A Feira de Artes e Gastronomia da Freguesia Ó agitará o bairro nos dias 9 e 10 de junho. Na programação voltada para toda família, os pequenos poderão participar de uma oficina que mistura arte e educação ambiental. A Coopermiti, cooperativa de reciclagem de resíduos eletrônicos, trabalhará a conscientização sobre o descarte adequado de lixo e a pintura de telas que misturam resíduos eletrônicos com pintura.

Para os adultos, além de todas as atrações do evento – que reunirá artistas, músicos, food trucks – haverá ainda um passeio pelo passado organizado pela cooperativa. Um museu de antiguidades será montado na feira e será a oportunidade para apresentar as novas gerações um pouco das tecnologias que fizeram parte da juventude de muitos pais, como o Atari, máquina de datilografar, vitrolas.

Durante a Feira de Artes e Gastronomia, a Coopermiti também receberá equipamentos eletrônicos quebrados ou sem uso. Poucas pessoas sabem, mas estes aparelhos não devem ser descartados no lixo comum, precisam de destinação especial para evitar a contaminação do solo.

O evento comemora a semana do meio ambiente e será realizado em parceria com a prefeitura regional da Freguesia/Brasilândia, o Eco Cultural e a Atitude G3 e apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Distribuidora de gás promove Campanha de Solidariedade

Foge um pouco do nosso tema, que é sustentabilidade e meio ambiente de forma direta, mas vale a pena divulgar essa notinha da Copagaz, que está com uma campanha bacana. 

Pelo sexto ano consecutivo, a empresa promove a sua Campanha de Solidariedade. Até o dia 31 de julho todas as 15 Unidades de Negócio e Matriz da companhia, espalhadas pelo país, funcionarão como posto de recebimento de doação de roupas de inverno e verão, cobertores, calçados, brinquedos, alimentos não perecíveis e material de higiene e limpeza.

Desde o começo da Campanha, em 2012, já foram arrecadados mais de 126.000 itens, doados para 248 instituições indicadas por colaboradores e revendedores da distribuidora. Para a edição desse ano, a meta é alcançar cerca de mil pontos de arrecadação e para isso, a Copagaz acertou uma parceria com a Klabin, que participará por meio da doação de caixas para a coleta.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Estão abertas as inscrições para o "Seminário Latino-Americano Criança e Natureza 2018 - Cidades mais Verdes, Infâncias Urbanas"

Divulgação/Instituto Alana
O "Seminário Latino-Americano Criança e Natureza 2018 - Cidades mais Verdes, Infâncias Urbanas", que acontecerá nos dias 6 e 7 de junho no Sesc Interlagos das 9h30 às 17h, é uma realização do programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, em parceria com o Sesc São Paulo, e terá pela primeira vez abrangência latino-americana. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas a partir de hoje, 21 de maio, por meio do portal: sescsp.org.br/Interlagos.

Sendo a população brasileira hoje, em sua maioria, urbana, repensar as cidades é refletir sobre oportunidades de recuperação e ocupação das praças e parques, maneiras de levar as crianças a brincar na rua e deixar a cidade mais atraente para que elas circulem com autonomia e segurança. Especialistas e educadores brasileiros e de outros países da América Latina vão abordar estes temas e iniciativas que aproximam as crianças da natureza nos contextos urbanos.

O seminário apresentará projetos bem-sucedidos, que discutem a importância da conservação das áreas naturais juntamente com as necessidades das crianças no planejamento urbano, para o seu desenvolvimento integral. Também pretende refletir sobre o papel das escolas na garantia do direito que as crianças têm de conviver com a natureza durante o seu crescimento e apresentará exemplos de como ressignificar os espaços, tempos e rotinas para que as crianças aproveitem os pátios escolares e outros territórios educativos como ambientes de aprendizado e brincar livre.

Entre os especialistas já confirmados estão Gandhy Piorski, pesquisador da cultura de infância; Pedro Fiori Arantes, arquiteto e autor de diversos artigos sobre tecnologia e cidades na contemporaneidade; Carolina Balparda, diretora-geral de pedagogia urbana de Rosário, na Argentina; e Max Correa Malschafskyarquiteto da Fundación Mi Parque, do Chile. A programação completa pode ser acessada aqui.

Serviço:
Seminário Latino Americano Criança e Natureza 2018
Data:
 6 e 7 de junho de 2018, no Sesc Interlagos
Horário: das 9h30 às 17h
Onde: Sesc Interlagos. Haverá transporte gratuito da estação de trem Primavera-Interlagos até o Sesc Interlagos.
Endereço: Av. Manuel Alves Soares, 1100 - Parque Colonial, São Paulo - SP
Inscrições gratuitas. Para participar, inscreva-se aqui.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Bicicleta elétrica como meio de transporte sustentável e econômico

Os gastos com combustível e manutenção, passagens de ônibus, metro e estacionamento, tem posicionado bicicleta elétrica como uma alternativa de modal barato em relação aos demais meios de transporte, além da sustentabilidade Com o preço dos combustíveis batendo na casa dos R$4,00 / litro, o consumidor tem mudado os hábitos para reduzir gastos. Comparando os gastos - não apenas de gasolina, como também de estacionamentos e outras despesas - é muito mais saudável e vantajoso se deslocar de bicicleta pelas grandes cidades.

Em busca de uma alternativa mais econômica com o objetivo de “aposentar o carro” e enxugar o orçamento, Álvaro Baldini de Indaiatuba, apostou na bicicleta elétrica como meio de transporte para o seu filho, de 17 anos. “Com a aquisição da e-bike, além da economia no final do mês, permitiu que meu filho se tornasse mais independente. Foi um excelente investimento, afirma.”
“Escolhi a bicicleta com pedal assistido que pudesse atender às minhas necessidades. Diariamente percorro entre oito e nove quilômetros para ir ao curso e estágio e o resultado é surpreendente. Além da mobilidade, pedalar em uma e-bike além de ser muito mais econômico do que o carro, me trouxe uma liberdade inigualável e independência, não troco por nada”, destaca Bruno. 
Caio de Andrade Cesar também optou pela compra de uma bicicleta elétrica. Morando em Pinheiros, ele utiliza a e-bike diariamente como meio de locomoção e o resultado está sendo muito positivo. “O diferencial na hora da decisão da compra foi o preço, qualidade e vantagem do seguro, sem contar na economia dentro do orçamento, que faz toda a diferença”, diz.

Foi pensando no público que quer pagar menos para se locomover que a EBMS (Empresa Brasileira de Mobilidade Sustentável), com a marca Pedalla disponibiliza para o mercado e-bikes como uma alternativa eficiente de transporte, que promove a prática esportiva e econômica. De acordo com José Eugênio Pinheiro, diretor da empresa, “...andar de bicicleta elétrica é um exercício individual que traz inúmeros benefícios ao corpo e mente, contribuindo para o avanço da mobilidade focada em sustentabilidade e bem-estar.”
A decisão de escolha de uma bicicleta elétrica, segundo o diretor, vão desde fatores ambientais a econômicos. Ela não emite poluentes, ruídos, não é preciso habilitação, pagar IPVA, nem estacionamento, além de diminuir o tempo no trânsito. “Nós sabemos que os brasileiros estão aos poucos aderindo a um modelo de vida mais saudável e à bicicleta também. Queremos fazer a diferença, oferecendo para eles um transporte que possa juntar essas duas pontas.”, destaca.

Diferente da moto e do carro, a bicicleta elétrica possui fonte de energia limpa, além de poder ser recarregada em qualquer lugar em uma tomada comum. Essa praticidade tem atraído cada dia mais adeptos. As e-bikes têm tudo para cair no gosto da população brasileira por oferecerem facilidades à locomoção no dia a dia e economia com combustível, além de contribuir com a saúde.

De acordo com Francisco José Macedo, proprietário da Mobike, as vendas de bicicletas elétricas tiveram um aumento de 26% nos últimos meses. “Percebemos uma crescente na busca por e-bikes, as pessoas estão mudando seus hábitos, buscando alternativas de transporte mais sustentáveis e econômicas,” comenta.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Echoenergia promove avanços sociais em municípios cearenses

A Echoenergia vem contribuindo ativamente com o desenvolvimento do Ceará. Além de atuar em sua matriz energética, alavancando a geração de energia eólica com o Complexo Eólico Ventos de Tianguá, localizado no município de mesmo nome, implementou o projeto “Ventos que Transformam”, cujo foco é a educação pública e capacitação profissional em prol da economia solidária. Mais de 400 educadores, estudantes, coordenadores pedagógicos e técnicos das Secretarias de Educação estão sendo beneficiados pelo programa.

A iniciativa foi criada a partir da constatação de que o estado teve o melhor resultado da região Norte e Nordeste, conforme o último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 2015. Apesar disso, 67% das escolas dos anos iniciais do ensino fundamental ainda não haviam alcançado o patamar mínimo de qualidade estipulado pelo Ministério de Educação ? o objetivo do Brasil é ter uma média igual a 6,0 em 2021.

Para ajudar na mudança dessa realidade, a companhia realiza ações relevantes nos municípios de Tianguá e Ubajara. Até o momento, mil livros foram doados, materiais para organização do acervo literário foram disponibilizados e três espaços lúdicos para leitura foram implementados. Além disso, 48 pôsteres educativos foram fixados e uma rádio escolar está em funcionamento.

No mês passado, as escolas Família Agrícola de Ensino Fundamental Antônia Suzete de Olivindo da Silva (Tianguá) e Humberto Ribeiro Lima (Ubajara), que tiveram média do Ideb 5,3 e 7,9, respectivamente, sediaram eventos sobre gestão de resíduos sólidos e coleta seletiva escolar.

Em maio, a Echoenergia dá continuidade às atividades, com uma agenda bastante movimentada. Do dia 14 ao 21, as instituições de ensino oferecerão aos estudantes e profissionais pedagógicos seminários de leitura e oficinas práticas. Os alunos participarão de atividades lúdicas, como teatro de bonecos, rádio escolar e espaços literários, onde serão compartilhadas histórias e técnicas de patchwork – um dos principais objetivos é estimular os participantes a ter contato com a escrita e leitura.

Os ubajarenses terão mais novidades com relação a novas oportunidades de trabalho. No dia 14 de maio, a Echoenergia promoverá um treinamento gratuito para formação de Guias do Parque Nacional do município (ICMBio).

Flávia Montoni, Coordenadora de Projetos Sociais da empresa, acredita que o projeto “Ventos que Transformam” é mais uma marca da eficiência organizacional da Echoenergia em todos os campos, inclusive quando se trata do bem-estar e progresso sustentável das comunidades próximas aos seus empreendimentos. “Desenhamos um plano de ação efetivo para elevar o nível do ensino público e dinamizar a economia regional, criando oportunidades e proporcionando qualidade de vida para a população”, revela a coordenadora.

SERVIÇO
Ubajara
Formação para Guias do Parque Nacional de Ubajara – 14/05;
Horário: 08 às 18h
Local: Sede do Parque Nacional / ICMBIO

Seminário de Leitura – 14/05
Horário: 08 às 12h
Local: Escola Humberto Ribeiro Lima
Oficinas Práticas de Ubajara – de 18 a 21/05;
Horário: 08 às 18h
Local: Escola Humberto Ribeiro Lima

Tianguá
Oficinas Práticas de incentivo à leitura e educação ambiental – de 15 a 17/05;
Horário: 08 às 18h
Local: Escola Família Agrícola de Ensino Fundamental Antônia Suzete de Olivindo da Silva – Assentamento Valparaíso

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Projeto Tecendo as Águas inicia Programa de Formação Continuada no litoral norte de SP

Foto: Divulgação
O Projeto Tecendo as Águas, realizado pelo Instituto Supereco com o patrocínio da Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental e de uma rede de parceiros, retornou ao Litoral Norte com um forte propósito de fortalecimento comunitário a partir da educação.

A segunda etapa do Tecendo as Águas, iniciada em outubro de 2017, atende os municípios de São Sebastião e Caraguatatuba, nas Bacias de São Sebastião, Bacia do Rio São Francisco e Bacia do Rio Juqueriquerê. Entre as metas da nova fase está a implantação de um Programa de Formação Continuada voltado à educação para a conservação ambiental da região, o empreendedorismo social e o fortalecimento de comunidades com negócios que potencializem a cadeia do turismo sustentável e o Roteiro Caminho das Águas, criado pelo Supereco em 2015.

A equipe do “Tecendo as Águas” já realizou o cadastramento de lideranças comunitárias representantes de diferentes segmentos como pesca, artesanato, gastronomia, comércio e turismo sustentável. Entre março e abril, foram promovidas mobilizações no eixo Centro histórico de São Sebastião – Bairro de São Francisco e Morro do Abrigo, incluindo reuniões em espaços apoiados pela parceria com a Prefeitura de São Sebastião e na sede do Instituto Supereco, onde o público pôde constatar os resultados do Tecendo as Águas e perceber como seu trabalho pode ganhar um atrativo social, ambiental e econômico diferenciado e alinhado à sustentabilidade e aos ODS - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. 

A artesã Rosana Costato, que participou de uma das reuniões, falou de suas expectativas. “Tô saindo daqui com esperança, porque fora da temporada eu não consigo vender meus trabalhos e o que eu quero é ganhar dinheiro com isso e fazer o que eu gosto, então eu acho que vai unir o útil ao agradável”.

A primeira turma já está formada e em andamento para a aula inaugural. O coordenador de Educação Ambiental, Bruno dos Reis Fonseca, destaca o valor socioambiental desta iniciativa. “Nossa região é mais crítica dentro dessa área remanescente de Mata Atlântica. Tudo que a gente faz está direcionado para o fortalecimento comunitário, seja no artesanato, seja na gastronomia, utilizando recursos naturais daqui, e consequentemente, agregando mais valor ao produto. Há muitas possibilidades”, ressaltou.

A educadora ambiental Anita Amaral, responsável pelo conteúdo do Programa de Formação Continuada, explicou como foram identificados os temas de interesse da população. “Trata-se de um processo participativo com foco na educação socioambiental, qualificação profissional e ecoempreendedorismo. Durante rodas de conversa, pudemos elencar os desejos e necessidades comuns. Entre os principais temas estão Marketing e Vendas, Sustentabilidade, Cooperativismo, Associativismo e Gestão de Negócios”.

Vagner Gonçalves, responsável pela área de mobilização do Projeto, explica a importância da cultura e do protagonismo comunitário. “As pessoas sensibilizadas estão em nossa área de abrangência, e essa é uma grande oportunidade de valorização da cultura local. Podemos potencializar e desenvolver o turismo sustentável de base comunitária com os diferentes trabalhos que a comunidade já realiza, melhorando-os e inserindo dentro do Roteiro Caminho das águas”, concluiu. 

Aula Inaugural: Empreendedorismo

Dia 18 de maio é o grande marco para o lançamento do Programa de Formação Continuada, com a aula inaugural sobre “Empreendedorismo”, das 14h às 18h, no Centro Comunitário Mário Cândido, no Morro do Abrigo, em São Sebastião, em frente à EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) Pingo de Gente.

Caso você atue num dos segmentos listados, ou seja comerciante local, e não tenha participado do cadastramento, ainda dá tempo de se inscrever e integrar essa primeira turma. Entre em contato com o Projeto Tecendo as Águas pelo e-mail mobilizacao@supereco.org.br ou pelo telefone (12) 3862-0100. Participe!

Shopping Lar Center promove primeira Feira Orgânica da Zona Norte de São Paulo

Imagem: Divulgação
A partir do próximo domingo, 20 de maio, os moradores da Zona Norte de São Paulo ganharão uma novidade: uma feira exclusiva de produtos orgânicos. O projeto da primeira Feira Orgânica ao ar livre na região é uma iniciativa do Shopping Lar Center, em parceria com a AAO - Associação de Agricultura Orgânica, e acontecerá todos os domingos, das 8h às 13h, em uma área reservada do estacionamento do empreendimento.

Diversos produtores irão comercializar uma ampla variedade de alimentos saudáveis e altamente nutritivos, como frutas, verduras, legumes, castanhas, pães, ovos, laticínios, cereais, geleias e doces, além de algumas bebidas. Cultivados em um sistema que respeita os ciclos naturais e a conservação e o enriquecimento do solo, os produtos orgânicos são livres de agrotóxicos e se destacam pelo sabor e aroma mais intensos.

Segundo Ricardo Afonso, diretor superintendente do Shopping Lar Center, a Feira Orgânica foi pensada como um espaço para toda a família. “Os frequentadores poderão consumir produtos de alta qualidade e adquirir ainda mais conhecimento, por meio de workshops, sobre como a produção dos alimentos orgânicos beneficia a biodiversidade, fortalece a economia e reduz os impactos ao meio ambiente”, diz.

Um dos destaques da Feira será a Barraca de Café, com um diversificado cardápio de comidas (pães, omelete, ovos mexidos, pizzas vegetarianas, quiches, sopas, torradas, bolos, tapiocas com opções veganas e salgados como esfirra de alho-poró e baguette de tomate seco) e bebidas (café expresso, água de coco, mate gelado, achocolatado, suco de laranja natural, suco verde apenas com ingredientes orgânicos e refrigerante orgânico).

Além das barracas e locais para refeição e convivência, a Feira Orgânica contará com um espaço para a realização de oficinas, com capacidade para acomodar 15 pessoas simultaneamente, e uma área exclusiva para as crianças, com brinquedos e atividades que visam conscientizá-los sobre importantes aspectos ambientais. Outros diferenciais são o bicicletário e os bebedouros para pets.

"Temos um grande compromisso de sempre promover ações diferenciadas e que prezam pela responsabilidade social e sustentabilidade. E, mais do que isso, queremos continuar contribuindo, cada vez mais, para o desenvolvimento da Zona Norte de São Paulo”, afirma Afonso.

SERVIÇO
Feira Orgânica
Quando: todo domingo a partir de 20/05/2018
Horário: 8h às 13h
Local: Área reservado do estacionamento (Shopping Lar Center) 
Av. Otto Baumgart, 500 - Vila Guilherme, São Paulo - SP

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Feira agroecológica traz alimentos saudáveis e sustentáveis para o Sesc Santana

A Feira é uma opção para quem quer consumir produtos livres de agrotóxicos, a preços justos e diretamente dos produtores.
Nos dias 13 e 27 de maio e 10 e 24 de junho, domingo das 11h às 15h, o Sesc Santana promoverá Feira Agroecológica, oferecendo hortaliças e frutas cultivadas sem uso de agrotóxicos, oriundas de três assentamentos da reforma agrária localizados na região metropolitana de São Paulo.

Diferente da produção agrícola convencional, que utiliza adubos químicos e uma grande variedade de pesticidas para a produção de alimentos, o cultivo agroecológico, usa adubos naturais e tem como modelo de trabalho a organização de cooperativas de trabalhadores dentro da lógica da economia solidária. As formas de cultivo mantêm relações de respeito com ambiente natural que as cerca, com vistas a preservação dos ecossistemas e da biodiversidade.

SERVIÇO:
13/05 e 27/05, Domingo, das 11h às 15h.
10/06 e 24/06, Domingo, das 11h às 15h.
Av. Luiz Dumont Villares, 579 – Jd. São Paulo. 
Recomendação etária: Livre. Grátis.
Deck de Entrada.
Acesso para deficientes – estacionamento – ar condicionado.
Estacionamento - R$12,00 a primeira hora e R$ 3,00 a hora adicional - desconto para credenciados.
Para informações sobre outras programações ligue 0800-118220 ou acesse o portal www.sescsp.org.br

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Sesc Santana promove duas oficinas com temas de relevância ambiental

De 13 de maio a 24 de junho, o Sesc Santana irá promover duas oficinas relacionadas aos temas de meio ambiente e plantação sustentável. Acontecerão aos domingos, das 15h às 18h. São elas: “Design e Implantação de Hortas” (13 de maio, 10 e 24 de junho) e “Farmácia Viva” (27 de maio). Com o Grupo Eparreh.
“Design e Implantação de Hortas” | 13/05, 10/06 e 24/06 , aos domingos, das 15h às 18h| Jardim

A partir dos princípios da permacultura, a oficina irá tratar das características naturais dos espaços físicos para implantação de hortas, sendo elas: luminosidade, umidade, declividade e vegetação local. Nos encontros serão abordadas as técnicas de canteiro instantâneo, plantio de sementes de ciclo curto, utilização do consórcio de plantas companheiras e métodos de conservação da umidade do solo. Com o Grupo Eparreh.

A permacultura consiste no planejamento e execução de ocupações humanas sustentáveis, unindo práticas ancestrais aos modernos conhecimentos das áreas, principalmente de ciências agrárias, engenharias, arquitetura e ciências sociais, todas abordadas sob a ótica da ecologia.

“Farmácia Viva” |27/05, domingo, das 15h às 18h| Solário
Nesta oficina será construída uma espiral de Ervas Medicinais, abordando o micro-clima adequado para cada planta, a relação entre meio ambiente e saúde humana, e o uso das ervas na medicina popular comparada aos seus usos científicos, tendo como base o livro "Plantas Medicinais do Brasil", de Harry Lorenzi. Com o Grupo Eparreh.

O Grupo Eparreh é um coletivo de educadores ambientais que acredita na Permacultura e na Agroecologia como caminhos para o desenvolvimento humano e para a transição em busca de uma sociedade mais justa e sustentável. Atua na implementação de hortas, composteiras, cisternas, jardins ecológicos, reflorestamento, tratamento de água, bioconstrução, arte-educação e metodologias integrativas.


SERVIÇO
“Design e Implantação de Hortas”
13/05, 10/06 e 24/06 (03 encontros). Domingos, das 15h às 18h.
Local: Jardim. Vagas: 20/sessão.
“Farmácia Viva”
27/05. Domingo, das 15h às 18h.
Local: Solário. Vagas: 30.
Av. Luiz Dumont Villares, 579 – Jd. São Paulo.
Grátis. Inscrição no local da oficina com 30 min de antecedência.
Acesso para deficientes – estacionamento – ar condicionado.
Estacionamento - R$12,00 a primeira hora e R$ 3,00 a hora adicional - desconto para credenciados.
Para informações sobre outras programações ligue 0800-118220 ou acesse o portal www.sescsp.org.br

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Pesquisa avalia vida útil e composição nutricional de flor comestível

Rica em vitamina C e minerais como potássio, cálcio e zinco, além de compostos sulfurosos benéficos ao sistema imunológico, a flor comestível capuchinha (Tropaeolum majus) dura mais tempo se mantida em torno de 5ºC. A conservação foi determinada por agrônomos da Embrapa Hortaliças (DF) em um projeto de pesquisa que elegeu 20 espécies vegetais que fazem parte do grupo de plantas alimentícias não convencionais (PANCs), para terem suas características agronômicas e nutricionais estudadas.
Além do consumo fresco em saladas, as flores de capuchinha também podem ser desidratadas, embebidas em álcool ou em calda de açúcar ou, ainda, congeladas em forma de cubos, para adição em coquetéis.

Flor, folhas e sementes comestíveis
“As pessoas associam o consumo de plantas às partes comestíveis como folhas, frutos e raízes. Porém, em algumas espécies, as flores, além de ornamentais, também podem ser degustadas”, observa a pesquisadora da Embrapa Neide Botrel ao lembrar que, no caso da capuchinha, as folhas também são aproveitadas e até mesmo as sementes podem ser consumidas, cruas ou na forma de conserva, sendo popularmente chamadas de falsas alcaparras.

O estudo dedica-se, principalmente, à caracterização nutricional e à determinação da vida útil após a colheita, ou seja, a durabilidade em diferentes condições de armazenamento. As flores são produtos muito sensíveis e alguns cuidados, desde o manuseio cauteloso na colheita até ao armazenamento refrigerado, são necessários para evitar contaminação microbiana e danos nas pétalas que inviabilizem a comercialização.

Amarelas mantêm a cor por mais tempo
No Laboratório de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Embrapa Hortaliças foram realizados experimentos de vida útil com flores de capuchinha de três colorações diferentes - amarela, laranja e vermelha, para definir as condições ideais de temperatura de armazenamento e o limite de tempo máximo para comercialização.

A comparação foi realizada entre flores recém-colhidas e flores refrigeradas após sete dias de armazenamento em embalagens rígidas de plástico (tipo PET) com tampas de encaixe perfuradas. Foram testadas duas temperaturas diferentes de refrigeração: 5ºC e 10ºC, ambas com 85% de umidade relativa. Isso porque se sabe que a refrigeração possibilita a manutenção da qualidade, o armazenamento e o transporte das flores por longas distâncias.

O armazenamento inadequado pode levar ao processo de deterioração dos tecidos da flor e, como consequência, à perda da coloração e ao aparecimento de manchas, sintomas aparentes em flores mais velhas. “Flores são produtos muito perecíveis e, portanto, necessitam de condições adequadas para manter por mais tempo o frescor e a coloração após a colheita”, aponta Isadora Cardoso e Lima, bolsista da Embrapa Hortaliças nesse projeto e mestre pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), com dissertação defendida nesse tema.

Refrigeração ideal na faixa dos 5ºC 
Os cientistas observaram também a aparência da capuchinha ao longo do tempo. Enquanto as flores recém-colhidas estavam totalmente firmes e frescas, após uma semana de armazenamento, iniciaram-se os sinais de murchamento. “As flores amarelas e laranjas apresentaram maior vida útil, mantendo-se em excelentes condições por sete dias em condições de refrigeração a 5ºC”, relata Neide. As flores vermelhas mostraram-se mais sensíveis e murcharam antes, independentemente da temperatura de armazenamento.

A temperatura de 10ºC foi utilizada como parâmetro na avaliação por ser adotada para conservar hortaliças folhosas em gôndolas de supermercado. Contudo, sob essas condições, a vida útil foi mais curta para as flores de capuchinha, o que deixaria um período menor para as vendas, entre um a dois dias. Logo, a conclusão do estudo foi de que, para fins de comercialização, as flores de capuchinha devem ser embaladas rapidamente e mantidas refrigeradas, na faixa de 5ºC, por até uma semana antes que elas comecem a murchar.

Os resultados observados no experimento indicaram também que, durante o armazenamento refrigerado, a capuchinha amarela manteve sua cor mais viva que as flores de tom laranja e vermelho. Na análise colorimétrica, independentemente da temperatura de refrigeração, as flores amarelas conservaram a coloração mais próxima de uma flor recém-colhida.

Na capuchinha, as tonalidades das pétalas estão associadas à presença de carotenoides, que são pigmentos que vão do amarelo claro até o vermelho escuro. No caso específico dessa flor, o carotenoide predominante é a luteína, um composto antioxidante relacionado à prevenção de doenças oculares. “Já o sabor fresco e picante, que faz lembrar um pouco o agrião, ocorre devido à presença de compostos sulfurosos, que beneficiam o sistema imunológico. Há também um considerável conteúdo de vitamina C e de minerais como potássio, cálcio e zinco”, comenta a pesquisadora.


Mais flores comestíveis na mira da pesquisa
Há outras flores sendo estudadas no da Embrapa Hortaliças que possuem características nutricionais interessantes. Na vinagreira, planta também conhecida por hibisco, o composto antioxidante que prevalece é a antocianina, um pigmento responsável pela coloração púrpura dos cálices ou frutos (espécie Hibiscus sabdariffa ou vinagreira de folhas verdes) e pelos tons arroxeados das folhas e flores (espécie Hibiscus acetosella). Há, ainda, outra espécie bem conhecida: a “vinagreira veludo”, que tem folhas verdes e flores vermelho intenso (Hibiscus cannabinus).

Os minerais que se destacam na composição da vinagreira são potássio, ferro e cálcio. As flores roxas da espécie H. acetosella e H. cannabinus, no geral, são desidratadas e usadas no preparo de chás, bolos e geleias. Contudo, assim como a capuchinha, as folhas e as sementes da vinagreira também são aproveitadas como ingredientes na culinária. As sementes maduras podem ser torradas e moídas para aproveitamento na fabricação de pães e, no típico prato maranhense “arroz de cuxá”, as folhas da vinagreira conferem o sabor ácido ao arroz e ao camarão seco.

Já pratos tradicionais da gastronomia da Região Norte, como o tacacá e o pato no tucupi, utilizam hastes de jambu em suas receitas, mas em geral, as folhas são cozidas. Contudo, pode-se também aproveitar as pequenas flores amarelas para acentuar o sabor, já que elas concentram ainda mais a substância espilantina, que causa um leve amortecimento das mucosas devido às suas propriedades anestésicas.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

De acordo com a ONG WWF-Brasil 40% do planalto pantaneiro está em alto risco

O Estudo Índice de Risco Ecológico (IRE) lançado hoje pelo WWF-Brasil revela que 40% do planalto da bacia do Alto Paraguai está em alto risco. Entre as ameaças estão o intenso processo de conversão de áreas de vegetação do Cerrado por pastagens e cultivos agrícolas, a criação de barragens para geração de energia, uso ineficiente e degradação de áreas agrícolas e pastagens, impactos causados por áreas urbanas e falta de saneamento básico (menos de 15% do esgoto, em média, recebe tratamento e há um índice médio de perda de água nos sistemas de distribuição de 26%).
A região do planalto pantaneiro é importante porque é lá que se concentram as "torres de água", ou seja, fontes de água que fazem do Pantanal uma área úmida. Portanto, só é possível conservar a planície alagável do Pantanal se essas "fontes" ou "torres" de água forem preservadas. "Estamos enfrentando um cenário alarmante. Menos de 1% do planalto pantaneiro é protegido por Unidades de Conservação (UC's) e 55% da área já foi desmatada. A conversão de vegetação do Cerrado na maioria das vezes não ocorreu segundo critérios de segurança ambiental, como a manutenção de vegetação ripária e reservas legais. Somente no estado de Mato Grosso, o déficit estimado de reserva legal é de 392 mil hectares", afirma o coordenador do Programa Cerrado Pantanal do WWF-Brasil, Júlio César Sampaio.
O documento (em anexo) aponta ainda que a expansão econômica da agropecuária sem o devido planejamento ambiental trouxe impactos não apenas relacionados à perda da biodiversidade, mas também ao aumento da perda de solos, causando alterações no regime hídrico do Pantanal e em sua dinâmica de inundação. "A produção na região nem sempre obedece a melhores práticas. Em áreas de pecuária é frequente o sobrepastejo, causando a compactação dos solos e maiores taxas de escoamento superficial. É fundamental que sejam adotadas técnicas para manejo adequado do gado, evitando um número excessivo de animais por hectare e que sejam aplicadas técnicas para diminuição e controle de processos erosivos. Em áreas de cultivo agrícola, técnicas como terraceamento e plantio direto também devem ser expandidas, reduzindo o impacto do assoreamento nos ecossistemas aquáticos", afirma Iván Bergier, pesquisador da Embrapa Pantanal.
Hidroelétricas – ameaçaO IRE aponta que a instalação de hidroelétricas é uma grave ameaça à região do planalto da bacia do Alto Paraguai, onde estão projetadas aproximadamente 110 intervenções, entre Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCH's) e Centrais Geradoras. Quarenta desses empreendimentos já foram instalados, barrando aproximadamente 20 cursos d'água. "Se todas as usinas planejadas forem instaladas, mais de 45 afluentes do rio Paraguai terão suas vazões alteradas, causando impactos ainda desconhecidos ao sistema hidrológico e à migração reprodutiva de peixes, que saem da planície e nadam em direção às cabeceiras (piracema)", explica José Sabino, pesquisador da Uniderp e coordenador do Projeto Peixes de Bonito.
Propostas de navegação industrial, como a hidrovia do rio Paraguai, também são ameaças identificadas. A intensificação de dragagens e desobstrução de barreiras naturais precisam ser mais bem compreendidas em um contexto integrado, com uma avaliação da sinergia dos impactos ambientais na bacia. "Tais avaliações devem considerar períodos críticos de funcionamento do Pantanal, particularmente períodos históricos de seca (previstos para serem intensificados e mais frequentes com mudanças climáticas). Além disso, precisamos entender bem como mudanças no fluxo e velocidade de água nos canais podem ter efeitos no pulso de inundação, gerando ameaças para a dinâmica social, econômica e ecológica do Pantanal", diz Fábio Roque, professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
O Índice de Risco Ecológico (IRE)O IRE agrega a análise de riscos ao planejamento territorial, com foco na conservação dos recursos hídricos. Essa abordagem permite compreender a extensão e a intensidade das atividades humanas na paisagem e expressar os riscos de degradação hídrica e ambiental associados a essas atividades. Também permite delinear ações de manejo, conservação e recuperação de áreas de ecossistemas direcionadas à ameaça. O índice foi calculado pela primeira vez em 2012 e subsidiou importantes ações de conservação, como, por exemplo, o projeto Pacto Pelas Cabeceiras do Pantanal, que já garantiu a recuperação de mais de 80 nascentes de tributários do rio Paraguai. Para o desenvolvimento do estudo, participaram mais de 20 pesquisadores e técnicos atuantes na temática de recursos naturais na bacia do rio Paraguai, de todos os quatro países que compartilham a ecorregião.