sexta-feira, 30 de março de 2018

Pantanal espera enchente rigorosa para 2018

A Embrapa Pantanal recomenda, em laudo técnico entregue esta semana ao Sindicato Rural de Corumbá, a retirada total dos rebanhos bovinos de fazendas do baixo Pantanal, nas sub-regiões do Abobral (Miranda, Negro, Aquidauana), Nabileque (incluindo o Jacadigo) e Paraguai (entre as morrarias do Amolar e Urucum), em função da cheia deste ano. Nas propriedades de outras regiões do bioma, a recomendação é que até metade dos rebanhos seja deslocada para áreas mais altas.

A conclusão veio de análises realizadas por meio de uma comissão nomeada pelo chefe-geral da Embrapa Pantanal, Jorge Lara, constituída pelos pesquisadores Carlos Padovani, Urbano Gomes, Ivan Bergier e coordenada pelo também pesquisador José Aníbal Comastri. “Nós buscamos mostrar o fluxo e a dinâmica das águas acumuladas das chuvas, como elas escoam no Pantanal, que regiões estão inundadas”, explica Lara.


No bioma, algumas propriedades são afetadas apenas pelas enchentes que sofrem a influência das chuvas; outras sofrem também os efeitos das cheias influenciadas pelo nível dos rios. De acordo com as informações do documento emitido pela instituição, a inundação deste ano atingiu uma área total de cerca de 40 mil km2 até o mês de fevereiro. As áreas do médio e baixo Pantanal são as mais sujeitas aos impactos das grandes enchentes.

As águas das chuvas de verão registradas entre os meses de outubro e março regulam a dinâmica hidrológica no bioma. Por isso, quando essas chuvas são volumosas, espera-se um alagamento relativo maior e mais duradouro, cita a publicação elaborada pela unidade de pesquisa. Dessa forma, a régua de Ladário no Rio Paraguai deve atingir de 4,81 a 5,78 metros em 2018, com estimativa de área de inundação entre 71 e 90 mil km² em toda a planície pantaneira.
“Vai afetar justamente uma região onde algumas propriedades praticam cria e outras a engorda de animais”, esclarece Comastri. “É um solo extremamente argiloso que, na época das águas, fica como se fosse uma esponja, uma cola. Neste período, os bezerros mais novos ficam vulneráveis e podem morrer se o rebanho não for retirado com antecedência”. A enchente deve, ainda, apresentar um hidroperíodo (época em que a água cobre o solo) longo, de 170 dias em média. A inundação de 2018 pode ser classificada como rigorosa - porém, o documento ressalta que as cheias entre 5 e 5,5 metros representam a categoria mais comum ou frequente de cheias do Pantanal, considerando dados registrados de 1900 até hoje.


Impactos na pecuária
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite, os efeitos da inundação deste ano devem ser sentidos nas propriedades rurais até 2019 por sua influência no score corporal das vacas de cria. “Esses animais, por serem retirados dessas áreas mais baixas, vão diminuir seu score corporal. Consequentemente, vão diminuir a produção de bezerros de maio de 2019 (da próxima estação de parição) ”.

O laudo técnico descreve que existem mais de 2 milhões e 300 mil cabeças de gado na região do baixo Pantanal. Com a falta de logística adequada para a movimentação dos rebanhos, o custo total do deslocamento dos animais por meio de comitivas até os pontos de embarque deve ficar em torno de R$ 5 milhões. As recomendações finais da publicação incluem planejar o arrendamento de pastagens ou a venda dos animais para minimizar os prejuízos, priorizar a saída de vacas com cria ao pé e oferecer suporte de transporte aos bezerros com tratores ou carretas.

“Esse laudo técnico da Embrapa Pantanal serve para a gente como uma forma de embasar o pedido de estado de emergência no município de Corumbá e a prorrogação de vacinação (do rebanho), que começa no dia primeiro de maio na região do Mato Grosso do Sul”, afirma Luciano. Para o presidente do Sindicato, a falta de logística para levar as vacinas até as propriedades e as dificuldades de se trabalhar com os animais nos mangueiros durante esse período impedem o cumprimento do calendário de vacinação na região do Pantanal. “Nessa época, de primeiro de maio a 15 de junho, vamos passar pelo pico da inundação nas nossas regiões”.

De acordo com o presidente do Sindicato, o documento elaborado pela Embrapa Pantanal deverá ser encaminhado à Prefeitura Municipal de Corumbá, ao Governo Estadual de MS e à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul para oferecer embasamento técnico para as tomadas de decisão relacionadas ao calendário de vacinação na região pantaneira. O laudo também deverá embasar uma solicitação dos produtores do Pantanal sobre mudanças no programa de retenção de novilhas do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) junto ao Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco), responsável pelo fundo na planície pantaneira.

sexta-feira, 23 de março de 2018

Embrapa Meio-Norte avança no tratamento de emissões de gases

Imagem: Divulgação/Embrapa
O tratamento de resíduos de laboratório tem sido um dos destaques da Embrapa Meio-Norte na gestão de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Além de atuar na minimização de impactos ambientais negativos, a ação tem sido também uma das bandeiras da Unidade na redução de recursos financeiros. “A minimização de resíduos resulta diretamente na diminuição de despesas financeiras com armazenamento temporário e a destinação final”, garante o biológo Diêgo Sávio Oliveira, supervisor de laboratórios.

As atividades de rotina dos sete laboratórios da instituição em Teresina produzem continuamente resíduos sólidos, líquidos e gasosos das caracterizações físico-químicas das análises de solos, foliar e de alimentos. Para alinhar essas atividades às práticas sustentáveis, a Unidade desenvolveu um protocolo com dez Procedimentos Operacionais Padrão (POP), como o tratamento de resíduo de análise de nitrogênio total e de análise de minerais. O protocolo tem sido efetivo na redução, neutralização e eliminação dos resíduos.
Em 2017, a meta do setor de laboratórios era reduzir, no mínimo, 25 por cento dos resíduos líquidos. O esforço da equipe alcançou a meta. Para este ano, a busca é para alcançar 50 por cento na redução desses resíduos líquidos. “O esforço valeu a pena”, comemora Oliveira. “Hoje, o estoque de resíduos líquidos está no nível mínimo, o que mostra a eficiência da equipe na execução dos Procedimentos Operacionais Padrão”.



Mas a ação vai mais longe. A Unidade está tratando também a emissão atmosférica da digestão ácida, que é a etapa preliminar das análises de proteínas e minerais, que utiliza ácidos fortes, como o sulfúrico, nítrico e perclórico. “Todas as digestões realizadas nos laboratórios têm suas emissões atmosféricas tratadas”, assegura o supervisor. Ele explica que nesse processo são utilizadas as capelas de exaustão e lavador de gases.
Os lavadores, segundo Oliveira, são equipamentos que fazem o tratamento dos gases lançados à atmosfera. “Eles são acoplados a uma capela de exaustão, onde estão os equipamentos de digestão das amostras. As digestões são feitas em tubos contendo amostras e ácidos colocados concentrados, colocados em blocos e submetidos a altas temperaturas”. Só após a completa “lavagem” dos gases é que eles são liberados ao meio ambiente.

quinta-feira, 22 de março de 2018

No dia Mundial da Água, Portal ECOERA lança calculadora de pegada hídrica para as indústrias da moda e do design

O Portal ECOERA, plataforma que integra sustentabilidade às indústrias de moda, beleza e design por meio de guias e serviços, em parceria com a Iniciativa Verde, organização que desenvolve ações voltadas à sustentabilidade, lançam, no dia 22 de março, Dia Mundial da Água, a primeira calculadora de pegada hídrica do Brasil direcionada às indústrias da moda e do design.

O serviço tem como objetivo calcular de forma profissional o volume de água gasto pelas marcas, desde o início até o final do processo produtivo de seus produtos. Além disso, identificará como está a situação atual da empresa em relação ao uso responsável do recurso, indicando maneiras de redução e formas de compensação.

O cálculo será dividido em três indicadores de pegada hídrica: azul, verde e cinza. A pegada azul refere-se ao volume extraído das fontes de água doce, de superfícies ou subterrâneas. A pegada verde representa a água proveniente da chuva ou umidade do solo. Já a pegada hídrica cinza diz respeito ao volume de água necessário para diluir os poluentes e devolver a água tratada às redes de esgoto, de acordo com a legislação. A soma dos três indicadores confere a pegada hídrica total do produto.

"Hoje as empresas dos setores de moda e design já estão cientes de que precisam olhar para suas cadeias de valor, entender os principais gargalos e encontrar soluções para neutralizar seus impactos negativos. A calculadora vem para ajudar os empresários a rastrearem sua pegada hídrica desde o plantio da fibra até a fabricação da peça. Não se trata de uma simples conta de água, estamos falando da conta do Planeta", explica Chiara Gadaleta, fundadora do Movimento ECOERA.

Com a expertise do Portal ECOERA na cadeia de valor das indústrias de moda e design e com a metodologia de cálculo da Iniciativa Verde, o serviço oferecerá uma ferramenta de gestão de recursos hídricos.

Lucas Pereira, diretor técnico da Iniciativa Verde, explica que a pegada hídrica é um diagnóstico real e completo sobre o consumo de água de um processo ou de um produto. "Essa análise permite que estratégias sejam tomadas para a redução deste impacto. A moda, sendo um setor com impacto significativo, mas também com grande alcance e influência, pode ser um vetor para que esse trabalho seja uma prática comum em todos os setores", avalia.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Shopping de Indaiatuba inaugura pista ecológica de patinação

Divulgaçãp
Em um mês repleto de atrações para toda a família, o Polo Shopping Indaiatuba estreia mais uma brincadeira divertida: a pista de patinação EcoSlider. A atração, com mais de 100m², traz uma tecnologia inovadora, utilizada na Europa para prática de hóquei durante o verão, e que não utiliza água.

A pista Ecoslider é modular, formada por painéis deslizantes de alta densidade, compostos por materiais termais sintéticos especialmente desenvolvidos para a patinação, com cor similar ao gelo. Os painéis garantem a sensação de deslizamento igual ao gelo convencional, com suavidade, boa aderência e sem precisar de muito esforço. Os painéis ecológicos têm grande resistência aos danos à superfície causados pelos patins, o que faz com que a pista dure por mais tempo.

Para patinar na Ecoslider é obrigatória a utilização de um kit composto por capacete, joelheira, cotoveleiras e munhequeira, ideais para uma brincadeira mais segura. Até 30 pessoas podem brincar simultaneamente, sempre com a supervisão dos monitores do evento. Crianças a partir de 5 anos e adultos podem patinar livremente nos tempos escolhidos, que são de 30 minutos (R$30 o ingresso) e 1 hora (R$50 o ingresso). A pista fica na Praça Central do Polo Shopping Indaiatuba até o dia 30 de abril.

Serviço
EcoSlider – Pista Ecológica de Patinação
Quando: Até 30 de abril
Horário: de segunda à sábado das 10h às 22h; domingo das 12h às 20h.
Local: Polo Shopping Indaiatuba (Praça Central) - Alameda Filtros Mann, 670, Indaiatuba – SP
Ingressos: R$30 (30 minutos) - R$50 (1 hora)

segunda-feira, 19 de março de 2018

Parque das Neblinas conserva mais de 400 nascentes do rio Itatinga

O Parque das Neblinas, reserva gerida pelo Instituto Ecofuturo, organização mantida pela Suzano Papel e Celulose, está situado nos municípios de Mogi das Cruzes e Bertioga, e protege um elemento essencial: a bacia do rio Itatinga, um patrimônio hídrico da região, devido ao importante papel que desempenha para a dinâmica ambiental regional e até mesmo para a economia do país. Isso porque, suas águas abastecem a usina hidrelétrica da Vila do Itatinga, responsável por fornecer energia para a operação do porto de Santos, o principal da América Latina.

Dos 24 quilômetros que o rio Itatinga percorre desde a Serra do Mar até desaguar no rio Itapanhaú, em Bertioga, 14 cortam o Parque das Neblinas, que protege ainda 449 nascentes, o equivalente a cerca de 50% de sua bacia. Na área, são conservadas também outras 14 nascentes, que desaguam para o Alto Tietê.

Com 6 mil hectares, o Parque é certificado como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pelo Programa Homem e Biosfera da UNESCO, devido às atividades de conservação, pesquisa e de educação ambiental promovidas pelo Ecofuturo no local. Esse trabalho, realizado há duas décadas, foi fundamental para a recuperação do rio, impactado nos anos de 1940 e 1950, quando boa parte da vegetação original da área foi transformada em carvão, destinado à siderurgia.

Além de ações em prol da restauração e conservação da cobertura vegetal de suas margens, promoção de pesquisas científicas e a aplicação de técnicas de manejo sustentável na área, o Ecofuturo desenvolve o Meu Ambiente, programa de educação socioambiental com educadores e alunos de Mogi das Cruzes, e oficinas de manejo com proprietários rurais do entorno. O objetivo é compartilhar conhecimento, promover a valorização do meio ambiente, e conscientizar sobre a importância da conexão do homem com a natureza e da adoção de hábitos e práticas mais sustentáveis – inclusive na gestão de propriedades rurais.

“O rio Itatinga é a principal artéria do Parque das Neblinas e tem extrema relevância para toda a região. Ao atuarmos para a conservação da Mata Atlântica na área, contribuímos também para a conservação do rio, protegendo suas margens e nascentes, e fazendo com que ele se aproxime novamente da sua condição original”, afirma Paulo Groke, Diretor de Sustentabilidade do Instituto Ecofuturo.

Engenheiro florestal, Groke explica que a manutenção da cobertura florestal nas margens dos rios é fundamental, pois atua como uma camada de proteção, e assim como uma esponja, absorve a força das grandes chuvas e evita, por exemplo, que a água chegue barrenta nos cursos d’água, já que retém os sedimentos que iriam diretamente para o rio, além de reduzir a ocorrência de erosões no solo. Além disso, ao diminuir a velocidade das enxurradas, a cobertura vegetal permite que a água das chuvas se infiltre no solo, promovendo assim a recarga dos lençóis freáticos. “A dinâmica da floresta e dos recursos hídricos está diretamente interligada: um depende do outro e, consequentemente, a conservação de um elemento impacta na do outro”, complementa.

Cartilha ensina às crianças a importância de cuidar bem do solo e das plantas

“Eduquem as crianças, para que não seja necessário punir os adultos” (Pitágoras)

O filósofo e matemático grego Pitágoras, que viveu nos anos 500 Antes de Cristo, proferiu a frase acima. Ela ficou célebre e, mesmo no século 21, as palavras do matemático seguem extremamente atuais.

Educar as crianças não é apenas ensinar a ler e a escrever. É preciso dar a elas condições para que saibam pensar por si mesmas, distinguir o certo do errado e fazer opções conscientes, pois no futuro precisaremos de pessoas instruídas e capazes de ter discernimento para, por exemplo, saber que as plantas precisam de nutrientes e que, sem eles, a quantidade disponível de alimentos no mundo não será suficiente para garantir a saúde e a vida de toda a população.

Com o intuito de disseminar conhecimento de qualidade, sempre embasado em trabalhos e estudos científicos, a iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV) acaba de lançar uma cartilha interativa para conscientizar as crianças sobre a importância dos nutrientes para as plantas e, consequentemente, para todos os seres humanos que dependem dos diversos produtos cultivados em um solo saudável para sobreviver.

Sabemos que sem alimentos suficientes, a humanidade definha, mas não é só a comida produzida pelas plantas que é vital para o ser humano. As plantas também são as responsáveis pela fotossíntese, que libera oxigênio - gás essencial para a respiração do homem - para a atmosfera e retira o gás carbônico, um dos vilões da poluição do ar.

A cartilha “Diversão com o time dos nutrientes das plantas” trata de três importantes elementos: o nitrogênio, o fósforo e o potássio. Cada um destes nutrientes tem papel fundamental para a planta, tanto no crescimento, quanto em seu desenvolvimento e produção.

Assim, com informações precisas e de qualidade, as crianças perceberão a relevância dos nutrientes para a vida no planeta Terra, podendo se interessar pelo tema e compreender por que cuidar do meio ambiente significa tanto para o ser humano.

sexta-feira, 16 de março de 2018

CNMP promove debates no Fórum Alternativo Mundial da Água

Nos dias 17 e 18 de março, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Ministério Público Federal e a Escola Superior do Ministério Público da União, em parceria com entidades da sociedade civil, promovem dois ciclos de debate dentro da programação do Fórum Alternativo Mundial da Água (Fama 2018). As discussões, que abordarão o risco socioambiental da construção de barragens e a água como direito humano, serão abertas ao público, sem necessidade de inscrição, na Universidade de Brasília (UNB).

No primeiro dia, 17 de março, às 11h, haverá a abertura da Assembleia Popular das Águas, com a participação da presidente do CNMP, Raquel Dodge; do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin; e da procuradora Federal dos Direitos dos Cidadãos, Deborah Macedo Duprat.
Também no sábado, às 14h, acontece o "Ciclo de Debates I – Barragens e Risco Socioambiental". O assunto será abordado em três painéis: "Barcarena – Caso Mineradora Hydro", "Mariana – Caso Samarco" e "Altamira – Caso Belo Monte e Caso Onça Puma".

No domingo, dia 18, a partir das 9h, será realizado o "Ciclo de Debates II – Água como Direito Humano", também com três painéis: "Correntina", "Crise Hídrica nos Grandes Centros Urbanos" e "Bacia do Rio São Francisco". Em todas as mesas de discussões haverá a presença de membros do Ministério Público e de representantes da sociedade civil organizada.
Confira a programação completa (Ciclo de Debates I e Ciclo de Debates II).

O Fama
O Fama é um evento internacional, democrático e que pretende reunir mundialmente organizações e movimentos sociais que lutam em defesa da água como direito elementar à vida. Ele acontece de 17 a 22 de março paralelamente ao 8º Fórum Mundial da Água, que também é realizado em Brasília, de 18 a 23 deste mês.
Saiba mais: http://fama2018.org/

Santander leva ao 8º Fórum Mundial da Água debate sobre o uso corporativo do recurso natural

Os riscos associados ao uso corporativo da água pelos clientes e pelo próprio Santander fazem parte da palestra que o superintendente de Risco Socioambiental do Santander, Christopher Stephan Wells, ministrará neste domingo, 18 de março, durante o 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília. 

O objetivo é demonstrar como o uso corporativo da água e seus impactos ajuda as empresas a identificar riscos e oportunidades, além de proporcionar elementos para melhor administração desse recurso. O executivo vai esclarecer, entre outros pontos, como essas questões podem ser abordadas e quais são as métricas mais utilizadas; o valor que as informações de água das empresas podem adicionar à organização; os fundamentos que os investidores esperam ver nas empresas atualmente e quais serão as normas daqui a cinco anos. 
De acordo com Wells, “há mais de dois ano incorporamos o fator stress hídrico nas análises socioambientais de empresas que fazemos anualmente.”

O encontro é organizado pela Confederação Brasileira da Indústria (CNI), Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e a Global Compact Brasil, e apoiado pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), Carbon Disclosure Project (CDP) e o CEO Water Mandate. Será realizado nos escritórios da CNI, situado no Edifício Armando Monteiro, Setor Bancário Norte (SBN) Q. 1 BL I, Asa Norte, Brasília - DF.
A programação completa do evento está disponível clicando aqui.


quarta-feira, 14 de março de 2018

Domingo é dia de plantar uma árvore em São Paulo e ajudar a salvar o planeta. Participe!

O Plantio Global é uma iniciativa comunitária e participativa de caráter pedagógico pela valorização das árvores e dos seus benefícios para a humanidade (e outras formas de vida). Isso é feito com a experiência do plantio simultâneo de mudas arbóreas e trocas de conhecimento que a reunião proporciona. 

Mais do que um número de árvores plantadas, o propósito é agregar sensibilização, conscientização e educação ambiental para a população, realizando o plantio coletivo em diversos pontos do mundo - sempre pela preservação da natureza e reflexão sobre o efeito dos atos humanos na vida terrestre. 

Todos podem participar, seja comparecendo e ajudando em um dos eventos de plantio ou criando sua própria iniciativa na sua comunidade. A ação colabora na concretização e localização de todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 
Use as hashtags e poste suas experiências nas redes sociais! #plantioglobal #plantaciónmundial #globalplanting 


sexta-feira, 9 de março de 2018

Etanol bate recorde de consumo no mês de janeiro

Segundo dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em janeiro deste ano, o volume de etanol consumido no Brasil alcançou 1,37 bilhão de litros, maior volume já registrado para o primeiro mês do ano, apontando notável crescimento de 55,3% em comparação a janeiro de 2017.

Esse aumento também reflete a participação do biocombustível na matriz de combustíveis da frota de veículos de passeio e carga leve (ciclo Otto), 43,2% em janeiro. Vale ressaltar que este percentual é o maior desde novembro de 2015, período em que o índice atingiu 44,0%.

Ainda em janeiro, de acordo com o Levantamento de Preços ao Consumidor e de Margens de Comercialização de Combustíveis realizado pela ANP, a paridade média entre os combustíveis observada no Brasil foi de 71%. Porém a diferença de preços chama a atenção. O fóssil chegou a ficar R$ 1,21/litro mais caro que o renovável, este é o maior contraste já observado em relação ao mesmo período. Isso resulta em um cenário inédito de preços para o mês, tendo cerca de 60% dos municípios amostrados no país com uma relação de preços acima de R$ 1,00/litro, sendo um importante indutor de competitividade do etanol hidratado mesmo durante o período de entressafra.

As vendas de gasolina C totalizaram 3,38 milhões de litros, indicando uma sensível redução de 9,05% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O consumo de combustíveis leves no Brasil em janeiro de 2018 somou 4,35 bilhões de litros de gasolina equivalente (soma de etanol hidratado e gasolina C considerando o diferencial de rendimento do biocombustível), indicando um ligeiro crescimento de 0,15% em relação ao observado em janeiro de 2017.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Estudo recente indica risco ainda maior de extinção dos Corais

O resultado de um estudo sobre a ameaça da acidificação dos oceanos à sobrevivência dos Recifes de Corais pelo mundo, publicado pela conceituada Revista Science no mês de fevereiro, aponta que o problema é ainda mais grave do que já havia sido constatado a cerca de dois anos atrás, por pesquisadores americanos. Além do clareamento provocado pela acidificação, os Corais estão se dissolvendo de forma acelerada e, até o fim do século, se nada for feito para conter essa ação, este bioma estará seriamente ameaçado de extinção.

“O estudo demonstrou que a acidificação faz com que o carbonato de cálcio disponível na água, material constituinte dos corais e também de outros animais marinhos, afeta gravemente o seu poder de regeneração. Ou seja, o aumento da acidificação faz com que o poder de recuperação dos Corais fique ainda mais comprometido, acelerando seu ritmo de esfarelamento e, a longo prazo, do seu desaparecimento por completo”, alerta o Biólogo João Alberto Paschoa dos Santos, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).

A acidificação dos oceanos ocorre, principalmente, por conta das mudanças climáticas e alterações causadas por atividades humanas. E a destruição dos Recifes de Corais impactará também outros biomas marinhos. “São habitats importantes para peixes e outros recursos pesqueiros como lagosta, caranguejo, ostra, dando suporte e abrigo às espécies ameaçadas de extinção como a tartaruga marinha e o peixe-boi marinho. Ou seja, o impacto ao meio ambiente será de proporções ainda maiores, praticamente incalculáveis”, reforça o especialista.


No Brasil, por quase 3 mil quilômetros, Recifes de Corais se concentram especialmente entre a costa do Estado do Maranhão e o Sul da Bahia. “São os únicos presentes no Atlântico Sul”, diz o Biólogo do CRBio-01. E pelo apelo de sua beleza natural, eles são alvos constantes da exploração do turismo e de mergulhadores. Mas, para protegê-los, há quase 15 anos foi criada pelo governo, entidades não governamentais e até estrangeiras, a Campanha Conduta Consciente em Ambientes Recifais.