sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Projeto Plantando pelo Planeta chega a Mariana-MG com a meta de plantio de 1 milhão de mudas nativas ao longo do Rio Doc

Apesar da pouca idade, elas conseguem passar adiante ideias de sustentabilidade, cidadania e respeito ao meio ambiente. Os jovens e as crianças de hoje demonstram estar mais conscientes e dispostos a sensibilizar pessoas de diversas faixas etárias. E para incentivá-los como mobilizadores para a preservação ambiental que a Fundação Renova convidou crianças e adolescentes de Mariana (MG) para serem “Embaixadores da Justiça Climática de Mariana”, do projeto “Plantando pelo Planeta”. 

O projeto Plantado pelo Planeta, iniciativa inédita em Minas Gerais, é uma parceria entre a Prefeitura de Mariana, a Fundação Renova e a Plant for The Planet, instituição criada na Alemanha e voltada para o reflorestamento, que surgiu em 2007 com o trabalho escolar de uma criança de 9 anos, Felix Finkbeiner. A meta é mobilizar crianças e jovens estimulando o plantio de um milhão de mudas nativas nas regiões impactadas ao longo do Rio Doce.

A missão começou neste final de semana, na pista de caminhada “Alameda dos Inconfidentes”, entrada de Mariana. Os jovens participaram do plantio das primeiras 100 mudas de ipês amarelos e roxos que deverão crescer, num prazo de quatro anos, florir e dar um colorido ao espaço. 

“Esse é um projeto que trata de maneira despretensiosa, mas, ambiciosa, da transformação do meio ambiente com o envolvimento das comunidades, principalmente, dos jovens. O rio Doce precisa disso, não só pelo desastre que aconteceu, mas pelo que vinha acontecendo com ele também. É um projeto exemplo para o mundo”, disse o presidente da Fundação Renova, Roberto Waack, que considera que o início do Plantando pelo Planeta, por Mariana, é bastante simbólico.

PLANTANDO PELO MUNDO
Plantar árvore é uma atitude que traz mais benefícios ao planeta do que imaginamos. E a ideia de compartilhar isso com as crianças é uma forma educativa na formação dos valores e da cidadania. Aos 12 anos, Kaique Augusto Rosa, aluno da Escola Municipal Dom Luciano aprendeu bem essa lição. “É uma boa ação que ajuda o nosso planeta. As plantas liberam oxigênio e melhora o nosso ar”, disse Kaique. A estudante Jordane Karolayne, de 14 anos, da Escola Estadual Monsenhor Moraes, localizada no distrito de Furquim, ficou encantada com o projeto e disse que levará a ideia para sua comunidade. “Temos que cuidar do planeta que também é nosso”, disse.

A aluna da Escola Municipal Dom Oscar, Mariana Marçal, de 12 anos, resumiu o que, para ela, é a missão projeto. “Nossa missão agora é conscientizar as pessoas. Espero que muita gente queira participar conosco. Quanto mais árvores, mais oxigênio e melhor para o planeta. O que achei mais legal é saber que tudo isso começou a partir da ideia de um garoto de nove anos, que agora é um exemplo para a gente”, disse a estudante.
Além de Kaique, Mariana e Jordane, participam do projeto, em Mariana, 100 alunos das redes municipal estadual e particular de ensino, além de jovens de projetos sociais e as crianças de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, comunidades atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão. Eles também receberam o certificado de “Embaixadores da Justiça Climática”. A ideia é que os novos embaixadores mobilizem outros jovens sobre a importância de cuidar do planeta, incluindo os benefícios do plantio de árvores para a redução de gás carbônico (CO2).

SOBRE O PROJETO
O projeto “Plantando Pelo Planeta”, originalmente com nome de Plant for the Planet, começou em 2007, na Alemanha. A iniciativa é de um jovem estudante, Felix Finkbeiner, que na época tinha nove anos, e surgiu a partir da apresentação de um trabalho escolar sobre a crise climática no mundo. O garoto sugeriu que, para compensar as emissões de carbono, as crianças do planeta poderiam plantar árvores em seus países. 

A ideia do jovem alemão ganhou o mundo. O site do projeto informa que há mais 100 mil crianças ao redor do planeta envolvidas no movimento. No Brasil, a iniciativa chegou em 2017 e Mariana foi a primeira cidade de Minas Gerais a recebê-la. A proposta da Fundação Renova é levar a iniciativa a outros municípios, com a meta de plantar um milhão de mudas de árvores nativas ao longo do trajeto impactado pelo rompimento da barragem de Fundão.

O Plant for the Planet registra quase 15 bilhões de árvores plantadas pelo mundo, através de crianças e jovens que participam desta iniciativa. E há um desafio assumido em 2014 que é o compromisso de plantar um trilhão de árvores até 2030 no mundo inteiro, volume necessário à compensação do que será desmatado nesse período, segundo pesquisas.


Sobre a Fundação Renova
A Fundação Renova é uma instituição autônoma e independente constituída para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em Mariana (MG), em novembro de 2015. Entidade privada, sem fins lucrativos, garante transparência, legitimidade e senso de urgência a um processo complexo e de longo prazo. A Fundação foi estabelecida por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.

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